sábado, 16 de novembro de 2013

Como em um tango...




Para entrar no clima:

Discípulo e mestre

Holla guapos!Desculpem o sumiço,tirei mini-férias e só queria saber de  comer,dormir e ver filme é claro!Mas faltou coragem pra escrever sobre tudo que vi,fico devendo os posts pra quando a preguiça e o tempo permitirem,ok?Uma das maravilhas que assisti foi o ótimo Tese sobre um homicídio,mais um argentino pra nos humilhar com a sua qualidade indubitável.Sou muito fã do cinema dos hermanos e Tese só veio comprovar a minha tese,a de que ainda temos muito,muito mesmo,a aprender com os nossos vizinhos.

Mucho sangre e talento

Ricardo Darín,o muso onipresente do cinema argentino protagoniza um romance policial denso,o seu personagem,o renomado professor de direito Roberto Bermudez é hipnotizante e crível ,como tudo que Darín costuma fazer.O desenrolar da trama meio noir começa quando Roberto reencontra Gonzalo,filho de um amigo que não vê há tempos,que se inscreve em um seminário seu e o propõe uma tese interessante sobre  crimes.

Bom alun0


O que vem daí,a princípio,parece mais um daqueles típicos desafios entre o psicopata e o investigador,algo que nos remete aos papos de Clarice e Hannibal,mas para nossa a alegria o roteiro do filme vai além dos clichês bem feitos e nos intriga até o final.É perceptível,ao longo do filme, a familiaridade do estilo de suspense moderno,com algumas referências imediatas  a alguns filmes,como o Silêncio dos Inocentes,por exemplo,a aparição da figura de uma mariposa em meio a uma cena do crime e a toda uma alegoria sobre a morte de inocentes é colocada de maneira muito sutil e interessante na película.

Detalhes tão pequenos...

Hernán Goldfrid,o diretor, se destaca  ao enovelar os personagens de maneira genial,porque ele faz uma coisa dúbia,cheia de nuances,num instante temos o clássico desafio professor  e aluno,ali  temos o jogo de gato e rato do criminoso vaidoso e do investigador desesperado,acolá enxergamos o embate entre a inveja e o orgulho,já em outros, tudo o que temos são as nossas dúvidas.

Decifra-me ou te devoro

O trunfo do filme,talvez,venha desse enredamento,o diretor Hernán Goldfrid arrasta a gente pro tango e conduz o filme com muita maestria.A atmosfera de tensão é lindamente construída,com muito jogo de cena,ótimos ângulos,edição certeira e muito tato ao conduzir  os personagens.

Sob a luz da dúvida

E nessa dança vemos o personagem de Darín se desconstruir,o professor cheio de prestígio e certezas vai se desfazendo ao longo trama,o psicologismo da história tem seu ponto alto aqui.Tese é um noir moderno,só que nele a cortina de  fumaça não vem só de fora,não vem só da provocação do bandido e da sedução da femme fatalle, e tamanho é o fog,que em alguns pontos,chegamos a questionar a mente afiada do professor de direito.Em alguns momentos sua mente é exposta e questionada,sem que possamos ao certo escolher um lado,bom,eu pelo menos não pude.E por causa desse benefício da dúvida Darín e todos os envolvidos no projeto merecem palmas,não tá fácil hoje em dia criar algo novo e excitante pras nossas retinas tão calejadas,não é mesmo?Então fica a dica,pra quem quer algo diferente e excitante,porém com aquele gostinho bom de velho conhecido.Quem se animar a assistir o filme ,peço que volte aqui e comente a sua tese sobre esse noir latino.Por hoje é só chicos e chicas,hasta la vista babies!

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4 comentários:

  1. Excelente crítica Manu, como sempre... Tese está na minha lista de filmes para assistir urgentemente, lista essa que só aumenta inversamente proporcional ao meu tempo! Realmente temos que adimitir os argentinos sabem o que fazem quando se trata de cinema! =*

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    1. Muchas gracías Sheila,pela fofura de sempre.Bote o tese aí com prioridade na lista,pq ele merece,e os hermanos...sei não viu?vivo dizendo deveriam dar aulas de cinema aqui,é impressionante,nunca vi um filme argentino ruim,até os mais ou menos ainda estão na categoria dos bons ou acima da média,o que eles sacam de tango tb sabem de filme!e que continuem assim!

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  2. Quase que eu não comentava, "quem é lindo comenta aqui", me senti excluída! huahuahuahua

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    1. Molier não se faça de loka!já falei quem comenta aqui é lindo e ponto.

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Quem é lindo,comenta aqui!